Alguém ficou surpreso com a anulação das condenações de Marcelo Odebrecht, o personagem central do maior esquema de corrupção da história, desvendado pela operação Lava Jato?
Seus crimes nem são negados. Ele mesmo confessou e explicou em detalhes como bilhões de reais foram desviados e direcionados para uma elite completamente corrompida, em que poucos não se venderam. O esquema ultrapassou as fronteiras do Brasil, financiando amigos do regime em diversos países, incluindo ditaduras brutais.
Marcelo chegou ao ponto de explicar até como o ministro que agora anulou suas condenações tinha um codinome nas comunicações internas da empresa. À época, a revelação foi alvo de censura judicial.
O ministro que abriu um inquérito para investigar seus críticos, transformando-se em vítima, investigador, acusador e julgador, ao mesmo tempo, decidiu que o processo contra Odebrecht deveria ser anulado por "violações ao devido processo legal".
Diego Escosteguy, jornalista que cobriu em profundidade a operação Lava Jato, resumiu:
"a decisão de Toffoli que anula todos os processos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht é um deboche de repercussão internacional. Agride os neurônios de quem perde tempo analisando-a. Não há mais o que dizer juridicamente. Sobra o escárnio."
Desde que Lula foi descondenado e alçado à presidência, ficou claro que a sociedade brasileira colapsou. É preciso reconhecer que falhamos como país. Quanto mais cedo os brasileiros bem-intencionados reconhecerem o colapso moral, político e legal do país, maior a chance de iniciarmos um processo de refundação e reconstrução.
O sistema deixou claro que está comprometido com a sua sobrevivência através da repressão. Antes, havia a corrupção, mas também a liberdade para falar dela e cobrar autoridades.
Agora, temos a corrupção associada à censura e à perseguição de quem expõe as mazelas do sistema. Ou seja, subimos um degrau no nível de bananismo latino-americano.
Enquanto Marcelo Odebrecht e José Dirceu têm penas anuladas, e Sérgio Cabral anda livre, leve e solto pelas ruas do Rio de Janeiro, do alto da sua pena de 400 anos de cadeia, Daniel Silveira segue preso por proferir ofensas contra os ministros, Filipe Martins está preso preventivamente por uma viagem que não realizou, assim como vários manifestantes que invadiram prédios públicos em protesto, condenadas a 17 anos de detenção em julgamentos sumários, ao arrepio de qualquer resquício de devido processo legal, acusado de "tentativa de golpe de estado".
Milhares de brasileiros seguem censurados, num escândalo que chegou até mesmo ao Congresso americano. Agora temos o advogado-geral da União chegando ao ponto de processar críticos do regime por "ofensa à honra e à imagem" da União. A mensagem é clara: quem continuar apontando o dedo para o sistema será censurado, perseguido e preso.
Antes, éramos "apenas" um país corrupto e pobre. Agora, além disso, somos também uma ditadura escancarada.
Nada disso me impressiona. O que realmente gera espécie é o nível de tolerância do povo. Há três tipos de pessoas que silenciam ou apoiam o atual regime:
1- Os idiotas úteis: são aqueles que acreditam nas mentiras e manipulações promovidas pelo sistema, como a balela da "defesa da democracia" representada pela alçada do descondenado à presidência. Ou que ainda acreditam no "combate às fake news". Foram décadas de lavagem cerebral promovida pela academia, pela cultura e pela imprensa, aparelhos da esquerda, que produziram tal degradação moral e intelectual.
2- Os aproveitadores: são aqueles que não têm escrúpulos e buscam apenas tirar alguma vantagem da anomia generalizada. Desde aqueles que buscam viver de bolsas sem nunca buscar um emprego, passando pelos servidores cuja principal tarefa é buscar atalhos para trabalhar o mínimo possível, com a maior remuneração possível, até altos empresários e autoridades que não cumprem suas funções, apenas buscam desviar recursos de todas as formas possíveis, sem esquecer dos ladrões comuns em busca da sua "cervejinha".
3- Os omissos: pessoas que não buscam se beneficiar com o arranjo todo, mas não querem "confusão". Baixam a cabeça e fecham os olhos para "tocar sua vida", torcendo para que o sistema não atravesse o seu caminho em algum momento. Martin Luther King falava que o problema do mundo não residia primordialmente na ação dos maus, mas no silêncio dos bons.
Do outro lado dessa luta, temos milhões de brasileiros honestos, tanto na iniciativa privada quanto no setor público, que buscam fazer o que podem para mudar o deplorável estado das coisas.
É nesse grupo que reside a possibilidade de dias melhores. É um processo que iniciou em 2013. Parte da sociedade brasileira acordou e, por algum tempo, parecia que o Brasil caminhava para uma refundação, passando pela prisão e afastamento da vida pública dos piores corruptos e de um projeto totalitário de poder.
Infelizmente, não foi o caso. O sistema se reorganizou para retomar o controle da situação, protegendo os seus e iniciando uma perseguição contra os dissidentes. O projeto totalitário está sendo implementado de forma acelerada.
O único lado positivo dessa história toda: a situação é mais clara do que jamais foi.
Como afirmava Aleksandr Solzhenitsyn:
"nós sabemos que eles estão mentindo, eles sabem que estão mentindo, eles sabem que sabemos que eles estão mentindo, sabemos que eles sabem que sabemos que eles estão mentindo, mas eles ainda assim estão mentindo".
Veja mais comentários sobre o assunto:
Comissão do Congresso americano questiona colaboração do FBI para perseguir brasileiros residentes nos EUA
Jim Jordan, presidente do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos EUA, enviou intimação ao diretor do FBI, Christopher Wray, para que ele dê explicações sobre a colaboração da agência com autoridades brasileiras para censurar dissidentes que residem em território americano.
"O Comitê de Judiciário e a Subcomissão Especial sobre o Aparelhamento do Governo Federal estão conduzindo uma supervisão sobre como e em que medida o Poder Executivo tem coagido ou operado em conluio com empresas e outros intermediários para censurar discursos legais. Trata-se de relatos de que o Federal Bureau of Investigation (FBI) está trabalhando com o governo do Brasil para contatar dois residentes dos EUA, incluindo um jornalista alvo de ordens de censura pelo governo brasileiro.
Em apoio à nossa supervisão, a Subcomissão Especial investiga como os governos de outros países, incluindo o Brasil, buscaram censurar discursos online. De acordo com relatos recentes, o governo brasileiro está tentando coagir a X Corp. (X) a bloquear certas contas em sua plataforma de mídia social que o governo brasileiro considera estar espalhando desinformação. Após a X apoiar a liberdade de expressão online, um juiz brasileiro abriu uma investigação contra a X e seu proprietário, Elon Musk, por se recusar a ceder às demandas de censura do Brasil.
X indicou que está sendo “forçada por decisões judiciais a bloquear certas contas populares no Brasil” ou enfrentar consequências sérias, incluindo grandes multas, a prisão de funcionários da X, e possível encerramento das atividades da X no Brasil.
O Comitê e a Subcomissão Especial souberam por documentos obtidos por intimação que o Tribunal Superior Eleitoral no Brasil e o Supremo Tribunal Federal ordenaram à X, Rumble, e outras plataformas de mídia social que suspendessem ou removessem mais de 100 contas desde 2022. Essas exigências de censura foram direcionadas a críticos do governo brasileiro e incluem o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, membros conservadores do legislativo federal, jornalistas, membros do judiciário, e até mesmo um cantor gospel e uma estação de rádio pop.
No Brasil, meios de comunicação recentemente relataram que o FBI, em nome do governo brasileiro, contatou dois residentes dos EUA, incluindo um jornalista alvo de algumas das ordens de censura pelos tribunais brasileiros. [...] A recente abordagem do FBI levanta preocupações sobre se o FBI está novamente ajudando a facilitar os esforços de censura de um governo estrangeiro. A liberdade de expressão, incluindo a liberdade de expressão em plataformas digitais, é uma parte fundamental e necessária de sociedades democráticas e justas."
A matéria do jornal Metrópoles indicada no documento afirma que o jornalista Paulo Figueiredo, que está com suas redes censuradas no Brasil, foi contatado pelo FBI para que prestasse um depoimento de forma voluntária. O jornalista respondeu que só prestaria depoimento se recebesse a intimação oficial e informações sobre a investigação. Diante da recusa do FBI em fornecer tais informações, Figueiredo teria se negado a depor, segundo a matéria.
A carta de Jim Jordan segue, fazendo a requisição de vários documentos relacionados à colaboração do FBI com o governo brasileiro.
Perceba que para os deputados republicanos que controlam a Comissão, há uma clara perseguição aos opositores no Brasil, representada por censura nas redes sociais e utilização do Judiciário para calar críticos do regime.
Tal postura sugere que Trump adotará medidas para coibir as ofensas aos direitos fundamentais no Brasil, caso ele retorne à Casa Branca no ano que vem, até porque há americanos, como o próprio Elon Musk, e residentes nos EUA sendo alvo dos abusos.
Infelizmente, Biden tem adotado uma posição favorável à censura de opositores, além da utilização do sistema de Justiça para perseguir adversários políticos, como está acontecendo com Donald Trump, apesar de nos EUA tal repressão não ter chegado perto da escala observada no Brasil.
Nos EUA, é inimaginável que a Suprema Corte abra uma investigação contra seus críticos, por exemplo.
A verdade é que a esquerda, no mundo inteiro, passou a adotar como política pública a supressão das liberdades individuais, e a busca pelo poder hegemônico, através da eliminação da oposição.
Ruschel, ó Ruschel! 18:52... Passou o "Ave Mariar" (Angeli Dei)... Daqui a pouco o quê devolvido aos cofres Públicos, serão devolvidos aos delatores com juros e correções. Assim é o atual Cofre Pudico (rss!)
Gilmar disse: "Foi instalada uma Cleptocracia, tem dinheiro para mais de 30 anos"...
A c e r t o u, Gilmar!
Mas convenhamos, TODOS foram "sabatinados e aprovados pelo Sem nado, ops! SENADO. O erro é que num MAR de lama, eles não nadam... Caminham livremente e riem, cantando: "O caso é esse
Dizem que falam que não sei o quê
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações
Deduração, um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações... Eu vô bate prá tu, prá tu bate!!!!"
Ah, Chico Anísio e Arnauld Rodrigues, acertaram desde aquela época, né Ruschel?
Cicatrizes em pústula é nossa Sociedade, onde a maioria VENDE seu voto ou, troca por interesse.
Vi um caminhão de carga tombado, ninguém socorreu o motorista, POPOLUCHO correu ao SAQUE... Sangue na Boléia, LAMA da Educação... Socorro! Saque ... População ribeirinha que apareceu não sei da onde; carros bons e automáticos param no acostamento... Chega a Polícia Rodoviária Federal, NADA FAZ, desvia o trânsito... Chamou o SAMU... Ionionion... Grita na pista que célere encosta... Não resgata o motorista... Chama o carro da Perícia... A carga esvai, quase nada resta... VAI A CARGA, A DIGNIDADE, A HONRA, A HONESTIDADE.
QUE PAÍS É ESSE, Ruschel?
Na PÍFIA FORMA DE SER BRASILEIRO, poucos contribuem a moralidade...
No Senado, palco do "SAI DE BAIXO", Muitos Cacos Antibes e Magdas... Cenas gritantes, parecem verdades; mas... É Retórica do Sem nado, ops! Novamente, SENADO.
Vivemos numa "Ditadura", onde o Ruy Barbosa grita em sua tumba e reverbera na casa Vestuta: Não falei, chegará um tempo que o homem terá vergonha de si dizer HONESTO...
Fechem o Congresso, pois com o "ingresso" tão caro, um Moraes basta... Afinal, plenipotente: legisla, denuncia, prende, solta e... Tá tudo bem! TUDO VAI BEM COM BARDAL! Ou, analogicamente, também com BARROSO (Perdeu, Mané! Assim somos... Infelizmente...)
Nenhuma surpresa. Judiciário vagabundo, congresso vagabundo, polícia federal vagabunda, frouxas armadas covardes e vagabundas (Comando), imprensa suja e covarde, oab vagabunda. Governo vagabundo. País vagabundo.