Onde o Brasil é dependente dos EUA? A lista de todas as vulnerabilidades brasileiras frente à dependência em relação aos americanos
Leia nossa newsletter de hoje e fique por dentro dos Destaques de Segunda-Feira | 14.07.25
Onde o Brasil é dependente dos EUA?
Com Washington classificando o regime petista como hostil e já impondo tarifas punitivas de 50%, abre-se espaço para uma escalada além do comércio.
Veja cada vulnerabilidade brasileira:
Laços culturais, educacionais, tecnológicos e econômicos são profundos: você lê isto num serviço americano, exibido num dispositivo desenvolvido nos EUA, ou que roda um sistema operacional americano, último elo de uma cadeia de inovação digital baseada no país.
No trabalho é quase impossível fugir de serviços dos EUA: iPhone, Windows, Gmail, AWS. Toda a infraestrutura de gestão e comunicação corporativa roda sobre software e chips “made in USA”.
A lógica de administração, marketing e design de produto nasceu nos MBAs de Harvard, Wharton, MIT: A elite brasileira, pública e privada, bebeu dessa fonte diretamente ou via cursos locais que a copiam.
Entretenimento: Disney em Orlando, Netflix no sofá, games de estúdios californianos. Quase tudo que você assiste, lê ou joga é produzido ou distribuído pelos EUA.
Colchão cambial: o BC guarda US$ 346 bi em Treasuries. Se Washington congelasse essas reservas — como fez com a Rússia — o real derreteria, juros explodiriam e a inflação viraria crise social instantânea.
Dívida interna: ~11% dos títulos federais estão com estrangeiros, majoritariamente fundos americanos. Uma venda coordenada elevaria o custo da dívida e engoliria o orçamento em semanas.
Empresas recorrem a Wall Street: estoque de US$ 700 bi em bonds e ações; só no 1º sem/25 captaram US$ 11 bi. Sem esse funding, expansão, M&A e rolagem de dívidas travam na hora.
ADRs e listagens diretas reforçam a dependência: Nubank na NYSE, XP na Nasdaq, Petrobras, Vale, Ambev e dezenas de outras negociam lá. Sanções que prejudiquem compliance ou liquidez derretem essas blue chips.
Investimento direto: US$ 360 bi de capital americano sustentam fábricas, data centers e concessões. Num país sem poupança, fechar essa torneira significaria estagnação prolongada.
Comércio bilateral ronda US$ 40 bi/ano: Importamos tecnologia de ponta; exportamos commodities. Tarifas de 50% são só a primeira volta do parafuso: quotas, embargos e restrições a insumos estratégicos podem vir depois.
Defesa: desde 1952 o tratado de assistência militar mantém o Brasil no bloco ocidental. Treinamento, satélites, sensores, motores e munição fluem de Washington. Cortes atrasariam décadas programas como Gripen e KC-390.
Modelo republicano americano — presidencialismo, freios e contrapesos, livre iniciativa — sempre foi farol para o Brasil: esquerda chama isso tudo de “imperialismo” porque tem como modelo uma ditadura de partido único.
A esquerda brasileira dividiu-se: PT e satélites pregavam ditadura do proletariado à la URSS; MDB/PSDB vendiam socialismo light europeu. Com a China liderando o bloco vermelho, a extrema-esquerda busca novo atalho para romper com o modelo americano.
Estamos na encruzilhada desta nova Guerra Fria. Lula, líder da extrema-esquerda, busca confronto aberto com os EUA. E Trump avisou: quem cuspir no prato americano pagará caro — as tarifas são só o aperitivo.
A taxação contra o regime brasileiro difere de outras: Trump declarou que o gatilho foi a perseguição política interna e ataques a empresas americanos. O establishment político brasileiro terá que decidir entre o fim do regime de repressão ou o modelo chinês.
Senador americano anuncia ação para criar lei que permita sanções de até 500% sobre países que negociem com a Rússia
O senador americano Lindsey Graham anunciou um esforço bipartidário para criar uma legislação específica que permita ao presidente Trump impor, entre outras medidas, sanções de até 500% de tarifas sobre importação para países que façam negócios com a Rússia, especialmente comprando petróleo e derivados do país, ou revendendo para outros países, como a Índia faz, servindo de ponte para a China.
Por sua vez, o Brasil expandiu a compra de diesel russo desde que o descondenado chegou ao poder.
“China, Índia e Brasil vocês estão prestes a se prejudicarem muito se continuarem ajudando Putin”, disse Graham.
Desde que Trump chegou à Casa Branca, ele adotou uma política de busca de um acordo de paz na Ucrânia, ainda sem sucesso por conta da escalada da guerra por parte de Putin, e resistência inicial de Zelensky a ceder territórios. O objetivo dessa nova onda de sanções seria forçar Putin a negociar.
A situação do Brasil vai se complicando. Além da perseguição interna contra a posição, o regime brasileiro busca aliança ao bloco antiamericano, o eixo China, Rússia e Irã, o que pode provocar não apenas sobretaxas, mas outras medidas muito mais gravosas.
Tradução: Tradutor de Direita.
Parece que a Faria Lima ainda não entendeu a gravidade do momento
Esqueça o prejuízo com a tarifa de 50% para exportar aos EUA, que já é significativo.
Se Trump partir para sanções que restrinjam o acesso do Brasil ao mercado financeiro e de capitais americano, como aconteceu com a Venezuela, por exemplo, haverá uma hecatombe econômica jamais vista.
O Brasil tem uma forte dependência de acesso a capital estrangeiro via Estados Unidos.
Trump aprendeu a lição
Para governar, é preciso fazer faxina. E começou justamente pelas instituições mais profundamente aparelhadas pela esquerda globalista.
O epicentro desse aparelhamento sempre foi o Departamento de Estado, braço que executa a política externa dos EUA — e que sabotou sistematicamente o primeiro mandato de Trump. Ontem, nada menos que 1.300 funcionários foram dispensados, num passo histórico para desaparelhar o órgão.
Foi por meio desse mesmo departamento que os globalistas orquestraram a campanha mundial de censura na internet, criando “agências de fact-checking” e “laboratórios de internet” espalhados pelo planeta, todos com a mesma missão: mapear, rotular e criminalizar a direita.
O Brasil foi um dos principais alvos dessa ofensiva — talvez o exemplo mais bem-sucedido de perseguição e censura contra conservadores nas redes sociais.
Por que será que os EUA estão "intervindo" na política interna do Brasil? Será que ele quer que as liberdades voltem a tona? Será que ele acha que vai perder um grande parceiro comercial, ideológico ou histórico para a China e está tentando fazer o Brasil voltar para dentro das democracias? E nós não nos orgulhávamos de ser uma democracia depois do regime militar? Por que não defendemos mais a democracia agora?
Leandro, Bom Dia
Acrescentaria na lista de vulnerabilidades .
Todas as industrias de processo exportadoras(aço, alumínio, café, suco, carnes,petróleo,etc) e manufatura(aviões) dependem , em maior ou menor grau , dos seguintes itens, fonecido por empresas americanas;
-equipamentos
-instrumentação
-automação-hardware e software
-licenças de tecnologia
-assistência técnica especializada
-peças e sobressalentes
Destacam-se nesta área, Honeywell,Rockwell, Emerson, FMC, GE,Pratt & Whitney,Forcedores de catalisadores para industria de petróleo e petroquímica.
Se houverem sanções nesta área, será um desastre!!!
Acompanho e parabenizo pelo seu trabalho,