O Globo desinforma para proteger a sua agência parceira Mynd, alvo de pedido de CPI no escândalo da morte de jovem vítima de difamação
A rede Globo não passa de um órgão de propaganda do regime, utilizando mentiras e desinformação para buscar seus dois propósitos principais:
1) Impor as narrativas favoráveis ao regime autoritário estabelecido;
2) Criminalizar qualquer opositor do regime.
O objetivo número um da ditadura vigente é aprovar o PL da Censura, impedindo que a internet apresente a verdade, e derrubando as mentiras da militância de redação.
Um artigo publicado hoje pelo jornal O Globo demonstra o nível de desonestidade que a imprensa "profissional" atingiu.
A chamada apela para a vitimização da CEO da agência. "Recebi ameaças de morte", disse ela.
Já no lead, o militante de redação demonstra o seu propósito:
"episódio que culminou em suicídio de jovem foi escolhido pela direita bolsonarista como oportunidade de partir para cima de páginas que seriam alinhadas a petistas".
O primeiro parágrafo traz a acusação, sem prova alguma, de que "uma articulação coordenada entre políticos, comunicadores e sites noticiosos alinhados ao bolsonarismo vem inundando as redes sociais numa mega ofensiva contra a agência Mynd".
Existe uma grande diferença entre "coordenação" e o fato de pessoas alinhadas ideologicamente terem interesses parecidos e defenderem as mesmas ideias.
Percebam a canalhice: por um lado, as páginas agenciadas "seriam" alinhadas ao PT. Ou seja, uma alegação, apesar desse alinhamento ser festejado pelos próprios integrantes das redes, e ser impossível de negar. Já a suposta "coordenação" para atacar a agência é apresentada como realidade, apesar de nenhuma prova nesse sentido ser apresentada.
Na verdade, há diversas evidências que a Mynd gerencia os perfis dos seus clientes e atua de forma coordenada para viralizar conteúdos, entre eles mentiras e difamações, segundo o documentário 'Choquei - Lacrando Vidas', do Daniel Penin, e outro mini-documentário produzido pelo perfil Spotiniks.
O portal "Caneta" também produziu um longo dossiê mostrando as ligações carnais entre a Mynd e o petismo.
A matéria do jornal O Globo também desinforma ao deixar de citar que a mentira sobre Jessica, que levou à sua morte, foi publicada inicialmente no perfil "Garoto do Blog", agenciado pela Mynd, e posteriormente viralizado pelo perfil Choquei, que supostamente não faria mais parte do cast da agência.
O leitor também não fica sabendo que a suposta saída da Choquei da agência ocorreu após a divulgação de um estudo da agência Aos Fatos que deixa claro a atuação coordenada dos perfis da Mynd, entre eles o Choquei, com vários posts idênticos nos perfis agenciados.
Veículos do grupo Globo podem estar defendendo a Mynd por interesse próprio. A Globo é um dos principais anunciantes da Mynd. O documentário do Penin mostra que um dos perfis da Mynd divulgou uma novela da Globo, e em seguida foi divulgado pelo Fantástico. Há uma parceria da Globo para divulgar o BBB nos perfis da agência - a Choquei voltou ao ar fazendo divulgação do BBB, por exemplo.
Não podemos esquecer que a Globo e o resto da imprensa "profissional" tem promovido uma verdadeira caçada aos conservadores, apoiando inquéritos ilegais que produziram censura e prisão de ativistas da direita. Mesmo depois de uma devassa que destruiu a vida de muita gente, até hoje não há provas da existência da chamada "milícia digital" bolsonarista.
Se fosse aplicado o mesmo ônus da prova à rede da Mynd, estaríamos observando neste momento buscas e apreensões e prisões, além de uma abrangente cobertura do escândalo pela imprensa. Haveria também o questionamento do quanto a rede da Mynd influenciou as eleições presidenciais.
Ao invés disso, há uma campanha de abafa, em que a maioria da imprensa nem mesmo noticia sobre o tema. O Globo, por sua vez, adotou uma postura ainda mais nefasta, mentindo e manipulando para defender o esquema, demonstrando que ela é, de fato, o principal órgão de propagada do regime autoritário.
Veja a mais comentários sobre o assunto:
Quantas pessoas estão com perfis bloqueados no Brasil? Qual é o tamanho da censura?
É difícil dizer, porque os inquéritos supremos persecutórios são sigilosos, mas o número deve estar na casa dos milhares, visto que pessoas presas protestando pacificamente em frente aos quartéis também foram alvo da medida.
O que chama a atenção é a falta de previsão legal para a medida, e a incerteza sobre sua duração. Na era digital, a proibição de manter redes sociais é equivalente a uma pena de prisão, com profundas consequências econômicas.
O mais grave é que o principal emissor das ordens de bloqueio de perfis, o ministro Moraes, no passado recente disse que o bloqueio de perfis seria censura se não houvesse a possibilidade de criar novos perfis.
Trecho da matéria do UOL de setembro de 2020:
"A decisão não foi censura prévia porque em momento algum eles foram proibidos de continuar na rede, de falar. Até cheguei a colocar na decisão que a abertura de novos perfis, inclusive para novas ofensas, estaria permitida e seria analisada", afirmou o ministro. [Ele se referia à primeira onda de bloqueios de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, em maio de 2020.]
"Se a ideia fosse fazer censura prévia, a decisão deveria proibir de abrir qualquer perfil. Isso é censura prévia, se fosse a proibição de abrir qualquer perfil na rede social. Não foi essa a determinação", disse.
Para o ministro, há uma diferença entre proibir a publicação de um conteúdo antes de sua veiculação, o que configuraria a censura prévia vedada pela Constituição, e a determinação judicial para sua retirada de circulação, feita posteriormente à publicação, que não teria impedimento legal.
A entrevista foi concedida pelo ministro à jornalista Natuza Nery, durante congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).
Volto:
Pegue o exemplo do jornalista Rodrigo Constantino. Ele teve suas redes bloqueadas no Brasil em dezembro de 2022. Já passou mais de um ano e suas redes seguem bloqueadas. Recentemente, ele criou novas contas, que foram prontamente censuradas no país, num procedimento que o próprio ministro Moraes chamou em 2020 de "censura prévia".
É preciso lembrar que não há notícia de indiciamento, ou de denúncia por parte do Ministério Público contra o jornalista, que segue não apenas com os perfis bloqueados nas redes sociais, mas também com contas bancárias inacessíveis, e com o seu passaporte cancelado.
O inquérito das "Fake News", que inaugurou a prática de censura, caminha para o seu quinto aniversário, sem previsão de encerramento. Recentemente, quando perguntado sobre o assunto, o ministro respondeu que o inquérito "será concluído quando terminar".
Ameaças a Moraes não foram feitas por presos no 08/01, sugere diretor da PF
Pela declaração do diretor da PF, as supostas ameaças ao ministro não foram feitas por pessoas presas no 08/01, mas sim por outros autores.
Por que então o ministro fala sobre essas ameaças numa entrevista sobre o 08/01?
Para colar nestes réus a pecha de potenciais assassinos, justificando assim todas as arbitrariedades e as penas desproporcionais contra eles.
O suposto plano de prisão ou assassinato não faz sentido, como parte do suposto "golpe", visto que o ministro nem estava no Brasil no dia 08.
Mais do que isso, a ideia é tratar todos os "bolsonaristas" como criminosos perigosos. Em outras palavras, estão criminalizando pelo menos a metade da população nacional, um espectro político inteiro.
Para eles, a direita deve ser aniquilada.