O filme "Nefarious" e a natureza da nossa luta
Um pouco antes de ser demitido da Fox News, o apresentador Tucker Carlson deu uma palestra na Heritage Foundation em que apresentou a atual disputa política como um conflito do bem contra o mal.
"Quando a Secretária do Tesouro defende que as mulheres precisam abortar mais para melhorar a economia, ou quando certas pessoas defendem a mutilação e castração de crianças, nós não estamos mais no campo do debate político."
Esse é exatamente o ponto do filme "Nefarious", uma produção independente que gira em torno de uma conversa entre um serial killer condenado à morte, e o psiquiatra que precisa fazer sua avaliação psicológica, com objetivo de definir se ele é insano, o que impediria a execução.
Logo no começo da conversa, o condenado se apresenta com um demônio chamado "Nefarious", que teria possuído Edward e feito ele cometer vários crimes brutais.
O psiquiatra então responde que é ateu e não ficaria amedrontado pela conversa, diagnosticando Edward com transtorno dissociativo de personalidade, antigamente chamada de transtorno de múltipla personalidade.
Mesmo assim, o psiquiatra ateu resolve investigar a fundo as alegações de Edward, para saber se realmente ele é insano, ou se tudo não passa de um truque para que o assassino seja declarado incapaz, escapando assim da execução.
Apesar do ceticismo, o psiquiatra começa a ficar cada vez mais intrigado com as revelações de Edward sobre detalhes íntimos da sua vida, chegando ao ponto de discutir um aborto que a namorada do psiquiatra estaria praticando naquele momento.
Edward explica o seu propósito: destruir o ser humano para atingir Deus, a quem ele chama de "inimigo".
O processo se daria através de tentações que seriam apresentadas ao longo da vida das pessoas, chegando eventualmente ao ponto da possessão completa, em alguns casos.
Nefarious, através de Edward, faz então a proposta ao psiquiatra: escrever o seu manifesto, que seria apresentada à humanidade como um chamado para a liberdade da "escravidão" promovida por Deus. Nefarious utiliza o próprio comportamento do psiquiatra, como o suicídio assistido da sua própria mãe e o aborto do seu filho, como prova do sucesso da empreitada promovida pelas falanges demoníacas.
"Nosso objetivo é que as pessoas nem percebam mais que estão promovendo o mal".
Recomendo fortemente o filme, que consegue apresentar de forma inteligente e condensada a visão de mundo cristã. A atuação de Sean Patrick Flanery como Nefarious é excepcional, premiando um roteiro que prende a atenção do espectador até o último minuto.
Não por acaso, a crítica especializada odiou o filme, dando uma nota média de 35% no Rotten Tomatoes, enquanto a audiência deu nota de 96%.
Usualmente quando isso acontece, sabemos que se trata de um filme não alinhado à agenda de extrema-esquerda, mas que acessa os valores do público em geral.
Como disse Tucker Carlson, já passou do momento de nos atermos apenas à discussão política. Está na hora de rezarmos mais.
Assista a uma das cenas do filme. CLIQUE AQUI.
Meta confessa que censurou posts durante pandemia por pressão do governo americano
Na sexta-feira (28), o WSJ publicou informações que foram obtidas pelo Comitê Judiciário da Camara dos Deputados, controlada pelos republicanos, mostrando como a Meta - empresa que controla Facebook, WhatsApp e Instagram - censurou ativamente posts relacionados à pandemia, sob ordens diretas da Casa Branca de Biden.
As trocas de mensagens entre executivos da empresa foram entregues ao Comitê após ameaça de processo contra Mark Zuckerberg por desobediência.
Os emails mostram que os próprios executivos discordavam da política, mas mesmo assim foram à frente com a censura. Numa das mensagens, Nick Clegg, diretor de relações institucionais, mostra contrariedade com a censura a posts que indicavam a origem laboratorial do vírus.
Os executivos também mostraram contrariedade com a censura a perfis humorísticos, contrariando as próprias políticas da empresa. Além disso, eles discutiram o possível efeito reverso da censura aos críticos das vacinas, pois o público poderia ficar ainda mais desconfiado.
“Pode haver o risco de empurrá-los ainda mais para a hesitação, suprimindo seu discurso e fazendo com que se sintam marginalizados por grandes instituições”, disse um rascunho de memorando para a liderança do Facebook, incluído em um e-mail de abril de 2021.
A remoção de tais postagens também pode alimentar teorias da conspiração sobre um encobrimento relacionado à segurança das vacinas, disse o rascunho do memorando.
Meses atrás, Elon Musk liberou documentos internos do Twitter, chamados de "Twitter Files", em que fica clara a extensão da colaboração entre a empresa e diversos órgãos governamentais para censurar as redes, indo muito além da pandemia. Agências estatais chegaram ao ponto de enviar listas de pessoas que deveriam ser banidas.
Tudo isso é seríssimo, pois nos EUA existe a Primeira Emenda da Constituição que garante liberta quase absoluta de expressão, com vedação clara ao governo de produzir censura.
O argumento que sempre foi utilizado pela esquerda para defender a censura dessas grandes empresas que controlam a internet é o suposto direito de entidades privadas definirem as políticas de uso dos seus serviços.
Já era um argumento frágil, visto que tais empresas muitas vezes quebraram o contrato com os seus usuários e desrespeitaram os próprios termos de uso para perseguir e censurar os não alinhados a sua agenda política.
Agora, com provas indiscutíveis do governo exercendo o papel de censor, há espaço para processos contra a associação criminosa entre as Big Tech e o Executivo com fins de supressão da liberdade de expressão.
Já há uma discussão na Suprema Corte sobre um possível tratamento dessas empresas como de prestadores de serviços públicos básicos, que não podem discriminar ninguém com base na sua inclinação política.
Depois das últimas revelações, as chances de alguma medida desse tipo ser adotada aumenta muito.
Tucker Carlson tem razão.
Agradecemos