Militância INVERTE REALIDADE e usa "Abin Paralela" para incriminar Bolsonaro. Entenda
Leia nossa newsletter de hoje e fique por dentro dos Destaques de Quinta-Feira | 19.06.25
A militância de redação em peso tem tratado o relatório da PF sobre a "Abin Paralela" como mais uma prova de "crimes" cometidos pelo governo Bolsonaro e sua "perseguição de adversários, ataques às instituições e à democracia". Pra variar, apresentam o inverso da realidade.
A matéria do UOL, que tem uma das militâncias esquerdistas mais engajadas, por si só prova a incoerência das acusações.
Em primeiro lugar, como uma "Abin Paralela" poderia estar operando em 2024, em pleno governo Lula? Segundo, as acusações da PF invertem a realidade.
Segundo a PF, o fato de Richards Pozzer ter produzido um dossiê acusando o PT de montar um gabinete de ódio, tocado por pessoas que são remuneradas pelo partido ou por trabalharem em gabinetes de parlamentares do partido é considerado "desinformação".
Antes de seguir adiante, vamos avaliar a origem dos "Caçadores de Fake News". Em 2022, o PT criou um site chamado "Verdade na Rede" que se passava por uma agência de checagem, mas que, na verdade, era tocada pela campanha de Lula. O TSE mandou retirar o site do ar.
Após a decisão judicial, a campanha alterou o nome dos grupos para “Lula 13 pela verdade”, e uma das subseções era os "Caçadores de Fake News" evidenciando que, desde o princípio, o grupo estava ligado diretamente ao núcleo da campanha de Lula e não era uma iniciativa neutra.
Durante o segundo turno, os Caçadores de Fake News serviram tanto para desmentir "boatos virais" quanto para difundir conteúdo favorável a Lula, sob a roupagem de “conteúdo verificado”, misturando checagem com material eleitoral, uma verdadeira milícia digital petista.
Quem toca a iniciativa? Segundo o jornalista David Ágape, a principal administradora é a jornalista Clarissa Berry Veiga, conhecida pela militância pró-Lula, além de Paulo Tarciso Okamotto, presidente do Instituto Lula, entre outros membros do partido.
Durante as enchentes no RS em 2024, o grupo "Caçadores de Fake News" foi reativado pelo próprio ministro da SECOM, que entrou nos grupos solicitando denúncias contra "produtores de fake news", tratando qualquer crítica ao governo como mentira.
O governo petista foi mais longe: resolveu pedir abertura de investigação dos críticos da resposta estatal ao desastre gaúcho, mapeados não apenas pela SECOM, mas pela milícia digital petista montada durante a campanha. Pimenta, à frente da pasta, queria prender seus críticos.
O relatório da PF sobre "Abin Paralela" tratou essa denúncia com "desinformação", assim como criminalizou o envio do material a deputados da oposição e jornalistas, chegando ao ponto de chamar a prática de "tentativa violenta de abolir o Estado Democrático".
No relatório, críticas ao sistema eleitoral brasileiro, à Justiça e ao sistema de censura contra a direita em vigor desde 2019 são tratados como crime, chegando ao ponto de tratar jornalistas internacionais que denunciaram a censura brasileira como criminosos.
A lógica autoritária fica exposta no item 660 do relatório:
"As ações clandestinas realizadas pelos investigados, portanto, são direcionadas para interferir em ações institucionais legítimas de combate à desinformação."
Em que tipo de regime críticas são criminalizadas?
Basília Rodrigues foi despedida da CNN, ontem
Seus melhores momentos na emissora:
"Na bandeira brasileira está escrito 'Independência ou morte' e não 'impotência é morte'.
"Chile e Equador não fazem parte da América do Sul".
É a cara do "jornalismo profissional".
Como se chama o regime em que um réu é preso porque seu advogado denuncia ilegalidades de uma delação?
Não há mais garantia fundamental alguma. Qualquer brasileiro pode ser alvo de prisão por desagradar o regime, ou se alguém de sua relação, como o advogado, fizer isso.
Sempre pontual e atento aos detalhes dos acontecimentos e à profundidade dos fatos!
Primoroso conteúdo! Como habitual, muito bem fundamentado.