Inferno autoritário brasileiro: ministro de propaganda do Lula quer "providências" contra mim, por críticas feitas ao governo na resposta à calamidade no RS
Há pouco, descobri que houve um ofício encaminhado pelo ministro da Secom, o petista Paulo Pimenta, conhecido pelo seu posicionamento de extrema-esquerda, ao ministro da Justiça, pedindo "providências" contra posts considerados "fake news" em relação à tragédia no RS.
Entre eles, um texto meu que, na verdade, é uma análise da crise moral que o Brasil atravessa (https://x.com/leandroruschel/status/1787120320152743955). Segundo o ministro, eu estaria produzindo "fake news" porque afirmei que nove pessoas haviam morrido por conta da demora na evacuação de uma UTI em Canoas.
Só há um problema: quem deu a informação sobre as nove mortes foi o prefeito da cidade, em conversa com o próprio Pimenta, que foi divulgada nas redes sociais. Inclusive, nessa conversa, fica evidente a pífia resposta do governo à tragédia no Rio Grande do Sul. (https://x.com/leandroruschel/status/1786904521236435262).
No final do dia, o prefeito foi até às redes para dizer que havia se enganado, e, na verdade, foram duas mortes e não nove. Ora, se alguém criou uma "fake news" foi o próprio prefeito, mas mesmo que não tenham sido nove mortes, e sim duas, a crítica segue válida: a resposta à crise foi caótica.
Como disse uma enfermeira de Canoas, "quem está salvando o povo é o próprio povo". Hoje mesmo, recebi DEZENAS de relatos de assaltos e saques na Grande Porto Alegre, conversando com pessoas que estão na região, em meio aos esforços voluntários para levar ajuda às dezenas de milhares de vítimas da enchente.
Parece que o governo federal está muito mais preocupado em reprimir críticas, do que em levar para o Rio Grande do Sul a ajuda necessária, especialmente no aumento do efetivo militar para oferecer segurança mínima aos gaúchos, que seguem à mercê da bandidagem.
Hoje, uma comitiva de parlamentares, jornalistas e influenciadores estiveram no Congresso americano para denunciar a onda de repressão política em curso, no Brasil. Pois fica mais um exemplo de como o Estado brasileiro persegue seus críticos.
A hipocrisia é gritante: entusiastas de regimes totalitários, como o cubano e venezuelano, acusam seus opositores de buscarem instalar uma ditadura, enquanto censuram e perseguem seus críticos e opositores.
O brasileiro, acossado por desastres de um lado, e bandidos de outro, perdeu até mesmo o direito de reclamar da ausência do Estado, e de cobrar algum retorno pelos trilhões em impostos que é obrigado a pagar. Pelo jeito, a eficiência do Estado fica apenas na repressão, como acontece em qualquer regime autoritário.
São uns patifes, não se salva um.
único ministro da quadrilha no cenário de guerra: ministro da propaganda. isso já diz tudo!