Segundo a coluna da Malu Gaspar, o ministro Floriano Azevedo do TSE, aliado de Alexandre de Moraes, mudou o voto pela cassação do combativo senador Jorge Seif, de Santa Catarina.
A cassação do mandato do senador conservador de SC era dada como certa até a semana retrasada, por suposto "abuso de poder econômico", já que ele teria contado com o apoio do bilionário Luciano Hang, ao arrepio da lei eleitoral, segundo o voto inicial de Floriano Azevedo.
Agora, em meio a escalada do conflito entre o Supremo e o Legislativo, e a exposição da censura contra a direita no Congresso americano, a partir das denúncias de Elon Musk, há sinais de recuo. O julgamento deve ocorrer ainda hoje, mas a mudança do voto do relator, caso seja confirmada, sugere a absolvição.
Nos últimos dias, é perceptível a mudança no cenário. A militância de redação mudou o tom em relação à direita. Claro que ainda está longe ser uma cobertura honesta, mas a Globo conseguiu apresentar a manifestação no Rio no final de semana passado, sem usar uma única vez o termo "extrema-direita", "radical", ou "golpista".
Mais veículos passaram a denunciar, mesmo que de leve, as claras arbitrariedades dos últimos anos, alguns chegando ao ponto de pedir pela abertura dos sigilos nos inquéritos supremos, e pelo fim dos procedimentos anômalos.
A investigação sobre a estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria foi arquivada, enquanto esquerdistas solicitavam a prisão do ex-presidente.
Ainda é muito cedo para chamar o movimento de volta à normalidade. Há vários presos políticos e centenas de pessoas censuradas pelo regime. Os inquéritos seguem abertos, e sob sigilo, para atuar contra qualquer crítico mais ousado.
Mesmo assim, não há como negar que o ambiente mudou. Para chegar ao objetivo de acabar de vez com a expressão conservadora, seria necessário escalar a repressão, mas não parece haver apoio suficiente para a medida, pelo menos no momento.
É urgente o fim da repressão, com o encerramento dos inquéritos ilegais, e a revisão das medidas restritivas e condenações feitas ao arrepio do devido processo legal.
Não haverá paz social e qualquer chance de avanço do país enquanto as garantias individuais não forem restabelecidas.
Em entrevista para Tucker Carlson, Dugin vende a ideia furada de Putin com um líder conservador
É impressionante como há conservadores caindo no papo furado do Dugin, que coloca a Rússia de Putin como a redentora da tradição, contra o "liberalismo" individualista e degenerado do Ocidente.
Em entrevista ao Tucker Carlson, ele associa o individualismo ao liberalismo, que segundo ele estaria por trás da degeneração moral das últimas décadas nos países ocidentais. Por fim, ele apresenta Putin como o redentor dos valores conservadores. Há um erro fundamental aí, apontado por Carlson na entrevista: liberalismo clássico não significa individualismo, mas sim respeito a certos direitos individuais fundamentais, como a liberdade e a vida, o que é muito diferente.
Ora, Putin é filhote da União Soviética, a principal força por trás da subversão moral, política e social do planeta inteiro. "A Rússia espalhará seus erros pelo mundo", já alertava a Nossa Senhora de Fátima. Hoje, Putin é um ditador que mantém o seu poder com base na repressão brutal, incluindo aí o assassinato de opositores, e acabou de invadir um país, numa guerra de expansão territorial que já produziu centenas de milhares de mortes.
O truque de Dugin é apontar um fenômeno que todo mundo reconhece, que é degeneração do Ocidente, ganhando assim a confiança do ouvinte para manipular suas premissas e apontar uma falsa solução.
Olavo já havia desmascarado esse impostor há anos. A mesma elite política e intelectual russa da época da União Soviética identificou como oportunidade o forte renascimento conservador das últimas décadas e resolveu surfar a onda, para atrair aliados e legitimar o seu poder totalitário.
Muita gente bem intencionada na direita, acossada por uma esquerda globalista cada vez mais arbitrária e intolerante, acaba caindo nesse conto do vigário.
Será que podemos ter esperança? Este sistema estará fazendo água? É um absurdo que figuras públicas tenham autorização para fazer 200.000 voos, até para motivos particulares, como assistir jogo de futebol e analisar cavalos, e um Senador honesto, eleito pelo povo, seja punido por não usar um tostão do nosso dinheiro em sua campanha eleitoral. Claro, usar jatinho particular só gasta o dinheiro do dono do jatinho, enquanto as autoridades, que vivem para cima e para baixo nos aviões da FAB, gastam o que pagamos de impostos. Certamente, não esperamos que impostos pagos com sacrifício da população sejam destinados a compras luxuosas de senhoras (?) deslumbradas ou com óleo diesel de avião oficial para viagens privadas. País da vergonha!