Como os petistas que invadiram o Congresso em 2006 foram tratados
Dois atos de vandalismo, um tratamento muito diferente. Em 6 de junho de 2006, integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) invadiram e depredaram o Congresso, deixando 26 feridos, 4 em estado grave. Seu líder, Bruno Maranhão, sentava na Executiva Nacional do PT.
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O chefe da segurança do Congresso, Normando Fernandes, foi internado na UTI com afundamento do crânio, após ser atingido por uma pedrada na cabeça. Outro agente quebrou a perna após ser jogado de uma altura de três metros, pelos vândalos.
Os vândalos foram presos em flagrante e encaminhados para um ginásio da Polícia Militar, acusados de dano ao bem público, formação de quadrilha e corrupção de menores, já que haviam crianças levadas ao ato. Sete líderes foram autuados por tentativa de homicídio.
O líder do movimento, Bruno Maranhão, foi fundador do PT e ocupava a secretária nacional de Movimentos Populares do partido. Quando da sua morte, em 2014, Lula disse que ele era "um grande companheiro, amigo e um grande militante da esquerda brasileira.
Em matéria da Folha, juristas falavam em no máximo 4 anos de prisão, pelos crimes de dando ao patrimônio e lesão corporal.
No dia seguinte, O Globo revela que a invasão e o quebra-quebra forma planejados. Um vídeo dos líderes discutindo o ato foi descoberto.
No mesmo dia, os envolvidos foram encaminhados para a Papuda, 537 no total.
Já no dia seguinte, o MP pediu a soltura de 540 vândalos, solicitando a manutenção de 42 líderes e militantes que teriam comprovadamente se envolvido nos atos de vandalismo na Câmara. O caso corria na 10ª Vara da Justiça Federal.
Um pouco mais de mês após a invasão, estavam TODOS soltos. O governo operou em várias frentes pela soltura dos vândalos. O juiz que decidiu pela soltura disse que a Câmara sabia da presença dos manifestantes e deveria ter providenciado reforço na Segurança.
Após sair da cadeia, o chefe do MLST anunciou que faria campanha pela reeleição de Lula, e não via problema em ter recebido R$ 5,6 milhões do governo. Não há notícia que QUALQUER ENVOLVIDO tenha sido punido pelos crimes.
Em 2009, o mesmo Bruno Maranhão foi condenado a devolver R$ 2,2 milhões aos cofres públicos, por ter embolsado recursos que deveriam ter sido repassados aos sem-terra. Não há registro que essa decisão tenha sido cumprida.
Já em 2023, a história é outra. Nos atos que resultaram em vandalismo nos dias 08 de janeiro - e que não produziram feridos -, manifestantes estão sendo acusados de vários crimes, entre eles o de terrorismo, que somados podem dar mais de 40 anos de cadeia.
Há um mês do ocorrido, há ainda quase mil pessoas presas, sendo que a maioria delas não foi presa por vandalismo na Praça dos Três Poderes, mas por simplesmente protestar em frente ao Quarte General do Exército, em Brasília.
Elas não tem direito a serem julgadas pelo juiz natural, como tiveram os sem-terra de extrema-esquerda, no primeiro grau, mas respondem diretamente no Supremo, e são tratadas pela militância de redação como os mais perigosos criminosos em território nacional.
Não existe Justiça num país que trata as pessoas de forma diferente, dependendo do seu alinhamento ideológico. É um nível de cinismo jamais visto, com a justificativa do arbítrio pela necessidade de "defender a democracia". "Aos amigos, os favores. Aos inimigos, a lei."
Lamentavel a "justiça" do Brasil estar com centenas de juízes fora da lei usufruindo do dinheiro público para acobertar e atender os interesses próprios e de criminosos corruptos lesa pátria e seus cúmplices.