A questão vai muito além das tarifas de Trump
Leia nossa newsletter de hoje e fique por dentro dos Destaques de Quinta-Feira | 10.07.25
O antiamericanismo é quase instintivo na esquerda brasileira, especialmente no PT, de modo que a nova tarifa de 50% anunciada por Donald Trump não deve alterar o humor desse eleitorado.
Na direita, o anúncio apenas reforça a percepção de que o Brasil vive um estado de exceção, no qual conservadores são sistematicamente perseguidos.
Entre os chamados “isentões”, há quem culpe Lula e há quem culpe Bolsonaro pelo confronto com Washington. Em resumo, no curto prazo a agulha da política interna pouco se move.
O cenário, porém, pode mudar rapidamente à medida que surgirem os efeitos econômicos — e eles vão muito além das tarifas. A maior potência econômica e militar do planeta passou a tratar o Brasil como país hostil, carente de credenciais democráticas mínimas.
Na mesa, não estão apenas as barreiras tarifárias brasileiras, mas sobretudo a hostilidade do governo Lula aos Estados Unidos. Trump enxerga em Bolsonaro um canal para reaproximar os dois países — e conta, no mínimo, com mais três anos e meio de mandato. Com o grau de desarranjo da esquerda americana, a permanência republicana na Casa Branca pode até se prolongar.
Vivemos uma nova Guerra Fria, marcada por três blocos: EUA, Europa e China. Apesar de divergências pontuais, é improvável uma separação real entre EUA e Europa. Nesse contexto, Lula empurra o Brasil para a órbita chinesa e pisca para um modelo político inspirado em Pequim.
As consequências econômicas e políticas da ruptura com Washington serão sentidas nos próximos meses e terão impacto direto no processo eleitoral. A dependência brasileira dos Estados Unidos transcende o comércio. O real está ancorado ao dólar via reservas internacionais; os EUA são o principal parceiro militar do país; e continuam sendo o coração do sistema bancário e financeiro global. É impossível participar plenamente do mercado mundial ignorando Washington — até Pequim reconhece isso, ao abandonar o encontro dos Brics para negociar o acordo comercial com os EUA.
Em jogo, portanto, está o futuro do Brasil: aproximar-se do modelo americano, baseado em sociedade aberta e liberdades individuais, ou abraçar o modelo chinês, autoritário e avesso a direitos fundamentais.
Infelizmente, essa decisão não caberá ao eleitor, mas ao establishment político e econômico que controla o país há décadas. Essa elite definirá se estenderá a mão a Lula, conduzindo o Brasil por um rumo à Venezuela — a expressão do modelo chinês neste canto do mundo — ou se buscará a reconciliação com os Estados Unidos e seu hub global.
Esse é o tabuleiro.
Clique no vídeo abaixo e assista aos meus comentários sobre o assunto:
No regime venezuelano, sonho petista, tal apoio pode render 25 anos de prisão
A reação dos petistas e seus aparelhos segue à risca a antiga estratégia cubana, e posteriormente chavista, de chamar de "traidores da pátria" quem apoia sanções contra o regime autoritário.
Esse é o cara que está chamando de "traidor da pátria" quem defende "intervenção trumpista" no Brasil
Em 2021, ele pediu exatamente pela intervenção de Biden.
Hoje sabemos, pela própria boca do presidente do Supremo, que a intervenção americana veio.
União com quem nos persegue, censura e quer nos prender por não sermos de esquerda?
Eu tenho uma proposta melhor: acabem com o regime de perseguição e censura, deixem o povo escolher livremente seus representantes, que a gente pode conversar.
Que tal?
Tucanos sempre assumem a função de linha auxiliar do PT na hora do vamos ver
Não esperava nada diferente do panfleto que iniciou a perseguição à direita, criando as listas negras de "bolsonaristas" que foram posteriormente perseguidos pelo regime.
Eis a pujante "democracia" brasileira
14 anos de cadeia por escrever com batom numa estátua uma frase de protesto.
Nem investigação sobre o roubo de centenas de milhões dos velhinhos.
Tarifas são o menor dos problemas — sem capital estrangeiro, o Brasil afunda
Sem investimento direto externo, a economia brasileira perde fôlego em questão de meses. Apenas os Estados Unidos respondem por mais de US$ 280 bilhões em IDE no país; se incluirmos empresas controladas por norte-americanos via terceiros países, o estoque supera US$ 350 bilhões, nos últimos 10 anos.
New York é o principal hub financeiro do planeta — e, por extensão, da economia brasileira. Nossa elite possui vínculos profundos com os EUA: educação, negócios, patrimônio, afinidade cultural.
Pergunta óbvia: quem vai aportar recursos num país que passa a ser tratado pela maior potência do mundo como reduto de um regime hostil e antiamericano? Investidores enxergam dois riscos simultâneos: sanções vindas de fora e, na crise, controles de capitais impostos por Brasília.
Resta saber se o establishment político-econômico continuará bancando o regime PT-Supremo — e, com ele, o alinhamento ao que há de mais autoritário no cenário global — empurrando o Brasil rumo ao status de uma grande Venezuela.
Este é o divisor de águas que definirá o futuro do país.
União nacional é o cacete.
Eu quero que o Trump envie um atirador de elite pra eliminar o cachaceiro corrupto e o psicopata careca.